quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Quem nunca... Quis chutar o balde?

Se você disser que NUNCA quis, então o prêmio ‘Pinóquio’ vai para você. Impossível. Nenhum ser humano é a prova de bala.
Sim, querido leitor, você vai pirar algumas vezes durante sua caminhada. Sem pânico, ta? Quando estamos à beira de um ataque de nervos, parece que ‘plin’ a ficha cai.
            Pensando por esse lado, enlouquecer não é tããããããããããão péssimo como dizem por aí. Quando a ficha cai, compreendemos a nossa INCAPACIDADE de administrar nossas emoções e situações a nosso redor e enfim percebemos que existe um Deus por aí (que dizemos ser Dono de nós) perdido em alguma parte do caminho.
            Os sintomas podem ser variados: ansiedade, insônia, stress, irritação, falta de paciência, desânimo, nervosismo, ops...onde estão os frutos do Espírito? Tudo começa a fazer sentido agora, não é mesmo?
            Renunciar faz parte do processo para chegarmos a Deus. Imagine a Sala do Trono, Deus assentado sobre o alto e sublime Trono. O Caminho até o Ele é longo e há vários objetos que se colocam entre vocês. É preciso retirar um por um e assim avançando aos poucos, você chegará até lá. Nesse nosso exemplo, cada objeto retirado do caminho, significa uma renúncia. Se você não retirar os empecilhos, não verá Deus.
            Não é tão simples retirá-los. Alguns são pesados e muitos deles são importantes pra você, outros você até diria que são de essencial a sua sobrevivência. A crise chega, e é inevitável por assim dizer. Você tem a consciência de que tirar esses objetos implica em nunca mais vê-los ou tê-los.
            Justamente nesses momentos, dá aquela vontade ABSURDA de chutar o balde, mandar tudo pro espaço e orar incessantemente “Maranata, Volta logo Senhor! Eu não agüento mais, estou exausto!”. É preciso fé pra entender que chegando até o Trono, nada mais será necessário, além do Rei. Tudo se resumirá a Ele.
            Não queira se torturar. As neuras antecedem as crises e as crises o tratamento direto do Reino. Lógico que cada um a seu nível e não necessariamente nessa ordem, afinal Deus é Deus e faz do jeitinho perfeito Dele.
            Não chute o balde. Você sabe que abandonar o que o Senhor tem pra sua vida é loucura, não porque vai arcar com as conseqüências dessa infeliz escolha, mas porque será um eterno medíocre.
            Jesus não disse em momento algum que seria fácil. E convenhamos que a parte mais difícil Ele fez, não é? Morrer na cruz, sendo inocente por amor a você. Me fala, o que mais você quer? Flores? Ah, já sei... Jóias? Confetes?
            Qualquer espinho que pisarmos ou qualquer vale, deserto, furacão, tempestade, leão e afins será ridiculamente pequeno perto do Ele fez por nós. De graça. Ele não exigiu NADA em troca.  
            Sinto dizer, mas chutar o balde não é somente a sua sentença de fracasso estampada aos quatro cantos, é rasgar (no reino espiritual) sua carta de liberdade, assinada com SANGUE PURO.
           
Se quiser chorar, chore, grite, esperneie. Não é errado se sentir pequeno diante das adversidades, porque na realidade é o que somos. Pequenos.
Por mais difícil que seja a luta contra nossa carne ou mais dolorosa que seja a renúncia, você não vai morrer. E se morrer também, vai pro céu. (Bom, pelo menos é o que eu espero).
Somos hipócritas em pensar que renunciar é um ‘sacrifício muito árduo’. Sacrifício. Eu te digo o que é: entregar seu filho INOCENTE pra morrer uma morte de cruz no lugar de humanos apáticos que nem irão reconhecer o que você fez por eles.
Quer flores? Seja a flor do jardim particular do Senhor. Faça Deus se apaixonar por você todos os dias. Tenha um coração formoso para atrair o olhar Dele. Mande flores. Escreva bilhetes. Escreva uma canção. Invente uma dança. Escreva o nome Dele na sua carteira. Convide-O para um café... quem sabe um jantar a dois? Valorize-O. Honre-O.


...

(E depois de quase (mesmo) chutar o balde, eu entendi que negaria todo o sacrifício Dele na cruz e mais do que isso, invalidaria minha própria existência. E o balde? Bem, Ele está carregando pra mim...)

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